É mais ou menos assim a nossa vida. Às vezes temos tempo para o amor um pelo outro. O amor incondicional que ambos sentimos por aqueles dois seres, que nos completam, que nos preenchem ultrapassa o amor que sentimos um pelo outro. Os profissionais, os apaixonados dirão que não pode ser. Que somos tolos por deixar que seja assim, mas nós e os que são pais apaixonados como nós sabemos que não é assim, porque o amor por eles vem sempre primeiro. Esta semana uma amiga escreveu sobre ter as mãos ocupadas para lhes dar a eles, e que as nossas voltarão a procurar as do outro quando os nossos filhos já não precisarem delas, mais do que as mãos, temos a mente demasiado ocupada por eles. Não deixam espaço para pensarmos um no outro... Talvez isso detriore a relação. Mas quando penso que já não me podes surpreender, eis que apareces com bilhetes para um filme que nem queres muito ver, mas que sabes que eu quero muito. E apesar de tudo encontro nestes momentos o homem por quem me apaixonei. Deve ser o vigésimo dia dos namorados que passamos juntos, o quarto com filhos. Já houve prendas fantásticas. Já houve anos tristes sem prendas e sem amor. Já houve anos em que foi só amor sem prendas. Este é apenas mais um, mas especial. O nosso jantar vai ser a quatro. E é de certeza o primeiro em que ambos estamos a antibiótico.
mesmo a morrer de dores de garganta, quero que saibas que te amo, apesar de tudo. Feliz dia de são Valentim 
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