sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Coisas do Rafael...

Avó: Porra!
Rafael: O que é porra?
Avó: É uma asneira...
Rafael: O que é uma asneira?
Avó: É um disparate
Rafael: O que é um disparate?
Avó: É uma coisa que não se deve dizer...
Rafael: Então porque disseste?

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

O 1º banho...

... dado pelo pai, com a ajuda do irmão!!!







sábado, 25 de janeiro de 2014

1º Mês

Faz hoje um mês, que as 13h43, com 3.370 Kgrs nasceu a Sofia.
O dia de Natal passa a ser mais especial ainda, porque nasceu a nossa menina Jesus.
O meu amor por ela, não foi imediato, e apesar de já ter sentido isto uma vez (foi igual com ele) não deixei de me sentir culpada.
Tive uma filha perfeita e com saúde, depois de uma gravidez surpresa e não vigiada, onde fiz tantas asneiras até às 30 semanas. E para além de tudo, é linda. Tenho muito para agradecer a Deus, pelos dois filhos que tive, depois de diagnósticos diversos em que me diziam que nunca os teria. Já me tinha conformado e de repente, dois. E lindos!!!

Este mês foi dificil, porque eu não lido bem com bebés pequeninos. A Sofia, é muito serena, e só chora mesmo se tiver fome ou alguma queixa. Dorme bem a maior parte das noites, e come bem, e mesmo assim eu stressei, chorei e "arrependi-me" de ter tido filhos. A culpa por não ter sentido o amor avassalador que já sinto pelo irmão, e o pouco tempo que passei a ter para ele, e a culpa associada a isso, foram os catalisadores de tanto stress.
Valeu-me o pai, que está em casa desde que ela nasceu e ainda vai ficar mais 15 dias, porque sózinha eu tinha "virado a boneca".

Na verdade ainda não estou a 100% e pasmem-se, choquem-se.. detesto amamentar, tanto como estar grávida. Detesto.
Mas o meu amor por ela surgiu, de um dia para o outro, e sim tão avassalador como o que sinto por ele, olho para os dois e comovo-me. Agradeço por estes dois seres tão perfeitos, tão cheios de vida, tão meus! E apesar da lágrima fácil e de algum desespero, acho que afinal vou ser capaz de fazer isto. De ser mãe de dois, de aproveitar mais este bebé, o meu último bebé...

Já passou um mês, e eu sei que passa depressa, e que me arrependerei de não ter aproveitado mais.

1 dia

1 semana

1 mês

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Alguém me diga...

... Como se faz para superar tamanha tristeza interior. Nem parece que tive um bebé lindo e saudável. Sinto-me tão mal

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Desejos

Eu só queria estar de bem com a vida, feliz com este novo bebé, com saúde e perfeito como tanto pedi a Deus.
Eu queria sentir felicidade a cuidar dela, a mimar o irmão.
Eu queria aproveitar ter o pai comigo em casa para estarmos mais próximos.
Eu queria ser apenas grata e aceitar, as noites mal dormidas, o facto de não amar amamentar mas ter leite para ela.
Eu queria apenas estar feliz!
E não consigo. Sinto-me sempre à beira das lágrimas e de um ataque de nervos.
Sinto que ando a pairar, que não assentei ainda os pés no chão.
Sinto medo pelo futuro dos meus filhos, e a coragem e força que sempre me caracterizaram, parece que me abandonaram...
Sinto que afinal não queria nada ter outro bebé... queria apenas continuar na minha vida de sempre sem grandes mudanças.
Sinto saudades de ter tempo para o meu bebé maior.
Sinto que não me conectei ainda a esta pequenina, que do alto dos seus 20 dias me olha fixamente como que a chamar-me à realidade.
Eu amo-a, como o amo a ele, mas não consigo aceitar que estou a recomeçar... que vou passar por tudo de novo...
Sinto-me demasiado fraca para andar para a frente... sei que darei a volta, mas também sei que vai demorar!

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Constatações...

* Tenho 2 filhos lindos, e não ~páro de chorar e me lamentar
* Estou a amamentar e não me apetece nada
* Acho quenão nasci para ser mãe
* Sinto-me culpada por tudo e por nada
* Estou gorda e não me apetece fazer dieta

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

o meu bebé grande...

... quis dormir em casa da avó. Pela 1ª vez disse "adeus mãe" e nem olhou para trás.
Eu estou lavada em lágrimas há horas. as hormonas não me dão tréguas

domingo, 5 de janeiro de 2014

Parto normal após cesariana

Tive o Rafael de cesariana, entrei em trabalho de parto e assim estive 4 horas, até se aperceberem que as minhas tensões altissimas e o sofrimento do bebé justificavam uma cesariana. Desta vez o médico disse que tentariamos um parto nornal... eu estava por tudo desde que a minha menina viesse bem.

Depois de uma véspera de Natal em que as dores ligeiras me acompanharam sempre, enquanto eu apenas pedia silenciosamente a Deus que me deixasse ver o meu filho abri as prendas, lá pela uma da manhã acabada de me deitar em casa da minha mãe onde o meu filho tinha adormecido, levantei-me para o espreitar e senti-me molhada, era sangue vivo. Assustei-me e liguei ao marido para que viesse e lá fomos para o hospital. Pequenas contracções já dolorosas foram-me acompanhando.
Fui atendida por uma enfermeira, que disse ser normal a perda de sangue e me fez um toque, verificou que eu não estava em trabalho de parto, ligou-me ao CTG e embora houvesse sinal de contracções, disse-me que deveria voltar para casa, pois não estava em trabalho de parto, e o serviço estava cheio... Mais tarde, fui vista pela médica, que confirmou um dedo de dilatação, mas bebé subida, por isso longe de entrar em trabalho, mas pelo risco de ruptura uterina, optou pelo internamento.
Fiquei na sala de dilatação, e mandaram embora o Nuno, com a promessa de lhe ligarem se algo acontecesse. Tinha muito sono, olhei para o relógio eram cerca de cinco da manhã... ainda fechei os olhos, mas pelas 6h30 começaram as dores a sério, regulares, fortes... a enfermeira confirma 3 dedos de dilatação, chama o médico que pede que me dêem epidural, pois com tensões tão altas não convém estar com dores tão fortes. Levo a 1ª dose às 7h15, as dores não desapareceram mas ficaram mais leves, e acho que voltei a dormir um pouco, às 8h40 trepava de dores, doia de tal forma que me apetecia gritar, de nada adiantava respirar, senti-me muito molhada, mas ainda não era liquido, mais uma grande perda de sangue... 9h15, segunda dose de epidural, com o mesmo resultado da primeira, novo toque, seis dedos de dilatação, levam-me para o bloco de partos, e dizem que váo telefonar ao Nuno, mais umas horas e novas dores, pelas 11h15 nova dose de epidural, e finalmente sem dores. Chega o Nuno, ao meio dia a vontade de fazer força, sem saber se posso ou não, nova verificação e dilatação completa, devo fazer força sim, pois a bebé está muito subida... a dor é suportável e faço força, como se não houvesse amanhã.
De repente lá pelas 13h00 a enfermeira chama toda à gente, médicos, enfermeiros anastesistas, as minhas tensões estão elevadissimas, e já se vê a cabeça. Continuo a fazer força, e sinto-me de repente exausta... toda a gente me incentiva a continuar, mandam sair o Nuno para usarem ventosas, o médico que está mesmo à minha frente, tem uns olhos lindos... nem sei porque me lembro disto. Sinto o corpo a abrir-se e dizem que são os ombros a passar, e às 13h43 de 25 de Dezembro de 2013, com 3.375Kgrs e 48 cm, nasceu a Sofia...
Meteram-na em cima de mim, mas ela não chorou e eu apenas vi uns pés muito amarelos e sujos.
 
Força mais uma vez, para a saída da placenta, e começam a cozer-me. Rasguei e levei imensos pontos. Sinto tudo, cada picada, cada passagem de agulha...
Depois trazem a Sofia, já vestida, muito bochechuda, linda de olhos muito abertos, fica no colo do pai e eu jamais esquecerei a expressão na cara dele a olhar para ela, um misto de "como é que isto aconteceu?" e "é nossa!" enquanto acabam de me cozer.
 
Depois de terminarem, o pai vai embora, e eu fico no recobro com ela, mama pela primeira vez, demora apenas alguns segundos a perceber como se faz. Fico a saber que não subo para o quarto, porque as minhas tensões estão altissimas, e fico no bloco de partos toda a tarde, sedada e a ser monotorizada, sem a minha bebé.... lá pelas 19h trazem-na para mamar de novo, e ela volta a sugar com força, isso é uma novidade para mim, o Rafael nunca mamou...
entretanto dizem-me que a bebé vai para cima, mas que eu terei de ficar, parece que passei mal durante a tarde, as tensões não normalizaram, e é sério... fico nos CI e ela vai. Apeteceu-me chorar.
Tive um parto normal, devia estar óptima, bem melhor do que da outra vez e afinal, passo a noite sem a bebé, valia mais que tivesse sido cesariana. As tensões não teriam subido tanto, eu estaria com a minha bebé.
 
Só volto a vê-la às 11h da manhã do dia seguinte, volta a mamar. Volto a surpreender-me por ela mamar, por ser tão perfeita... às 13h chega o pai e o mano, não sabiam que ainda estava nos CI, o meu pequenino está incomodado com o aparato dos fios, dos medicamentos, de ver a mãe toda ligada e pede para ir embora, nem quer ver a mana. Não se demoram, mas é suficiente para ele já querer ficar comigo, e sai a chorar, e eu fico a chorar e a minha tensão sobe de novo.
 
Ás 17h subo finalmente com a minha bebé, ganho nova esperança de que me vou embora em breve, as enfermeiras vão-me preparando, que estive mal, que não saio tão cedo... mais uma noite sedada e sem a minha bebé que só me trazem para mamar. No dia seguinte a visita dos médicos, e as más noticias, eu estou mal, parece que estive quase a "patinar" palavra da médica, e a Sofia tem um pequeno sopro no coração, terá de ser vista por um cardiologista... não saio antes de sábado, desespero e choro de novo, quero ir para o pé do meu filho. Custa mais aceitar porque tive um parto normal, devia estar a ter alta.
 
Visitas e mais visitas, estou cansada e não me apetece que se babem para cima da minha filha, fico mais serena na visita do pai que traz o meu bebé, repara que já não tenho fios, já quer ver a mana e dá beijinhos, e depois de se despedirem fico novamente a chorara... No sábado temos a visita do cardiologista, fazem exames e é para vigiar a partir dos 3 meses, a Sofia já tem alta, penso que vou ter alta na manhã seguinte e fico mais animada, mas as tensões não normalizaram e só me querem dar alta dia 3 de Janeiro. Recuso e no domingo assino uma alta à revelia, porque sei que longe do meu filho as minhas tensões vão continuar altas... e dia 29 finalmente voltamos para casa.
 
Se me dessem a escolher ia sempre preferir a cesariana, pela minha má experiência com o parto normal. Demorei a recuperar, e ainda tenho muitas dores, custa-me sentar, e sinto-me sempre à beira das lágrimas. Passei mais tempo longe da minha bebé do que se tivesse feito uma cesariana, e a recuperação está a ser igualmente lenta. A única coisa positva nisto tudo é que a Sofia, ao cotrário do Rafael mama. E eu tenho leite. Mas podendo escolher... cesariana sem dúvida, é mais humano, mais tranquilo, menos doloroso na minha opinião.

sábado, 4 de janeiro de 2014