É hoje!

O meu último dia de aulas. Foi um ano dificil, cansativo, mas muito compensador... estou feliz comigo mesma

Estive de Férias...

Para estudar...

e estudei...

 Para os contemplar...

Rafael entre os avós

É tão bom vê-lo crescer

 Para o Mimar...

 

Entre areia e brincadeira

Para descansar...


Parece uma praia paradisíaca, mas fica mesmo aqui ao lado de casa... e aquilo nem é mar :)

E hoje aproveito o feriado, porque amanhã é dia de voltar à luta

À conversa com ele...

No meio de uma brincadeira que nem sei onde aprendeu, e que consiste em bater na bola com algo parecido com um taco (uma especie de basebol), insiste para que eu segure a bola na mão, para ele bater:

Eu: Não Rafael, já me magoaste. Não quero brincar a isso.
Ele: (Dando-me palmadinhas nas costas) Coagem mãe, nós vamos conseguir!
Eu: Assim não quero brincar filho, já me doi a mão.
Ele: (Dando-me um beijinho na mão) Muáá, pontos já passou.

Jogamos mais uma vez. Desta vez acerta-me em cheio na mão e eu dou um grito de dor...

Eu: Ai Rafael, pára com essa brincadeira, já chega!
Ele: Shiuuu, mãe não gites.
Eu: Ai ai ai, não me mandas calar.
Ele: Ponto, ponto, mais um beijinho pa passar... (e vai-me dando beijos na mão, nas pernas, etc...)

Eu aguento isto???:)))

Recebi um e-mail...

"olá

O Rafael como está?

Gostava que me fosses contando o que se vai passando com ele. Os seus gostos, etc. Sei que os meus emails são sempre curtos, mas a pergunta engloba muita coisa.

Quero de alguma forma poder interagir com ele, mesmo por telefone. Quero que ele me vá conhecendo aos poucos. Para depois quando mais tarde , vier ao Porto e estar comigo e com a minha família ele não tenha dificuldade em se relacionar com as pessoas....

Comecei a trablahr, depois digo algo sobre a ida a Lisboa.

paz"

 

O meu coração estremeceu, depois ficou negro, as lágrimas ainda assomaram aos meus olhos, ainda senti aquela vontade antiga de fugir com o meu filho e não voltar mais. Depois respirei fundo. Voltei a ler, e reparei o quão infantil e desprovida de amor é esta mensagem. O tanto que lhe falta de compreensão sobre esta criança. E respondi:

"Olá,

O Rafael está ligeiramente constipado desde ontem, mas não é nada grave.

Acho que se queres saber o que se passa com ele podias fazer mais perguntas quando vens cá. Não sei o que te dizer por escrito, a não ser que ele está bem. O desenvolvimento dele vê-se não se explica. Eu falo com a tua mãe e digo-lhe as coisas que ele gosta, e que faz, tu nunca me perguntas nada. Se quiseres ser mais concreto, pergunta que eu respondo.
Podes sempre telefonar durante o dia para casa da minha mãe, (enquanto estiveste em casa nunca o fizeste) e tentar falar com ele, a tua madrinha fá-lo, porque não tu?
Podes interagir pelo telefone, mas aviso que ele nem sempre quer falar ao telefone (é uma criança), ele vai-te conhecendo quando tu cá vens, apesar da tua pouca paciência e de ficares "chateado" quando ele faz uma birra no ínicio, mais uma vez, ele é uma criança, vê-te no máximo duas vezes por mês é natural que tenha essa reacção inicial.
O Rafael não é uma criança sociável por natureza, é feitio dele. É inteligente, super-activo, mas demasiado ligado às pessoas que lhe são mais próximas... Claro que se vai habituando a vocês aos poucos, mas não penses que será por isso que vai ficar feliz nas primeiras vezes que fôr, é algo com que vamos ter de lidando aos poucos e na altura.

Mais uma vez estás à vontade para perguntar o que quiseres, lamento apenas que não o faças quando vens e que não lhe dês toda a tua atenção, ele brinca mais com os teus pais do que contigo, mas isso é algo que só tu podes mudar...

Fico feliz que já estejas a trabalhar...

Bjs"

 

E na verdade o meu coração continua escuro, apreensivo. Cada e-mail destes, deixa-me com a certeza que não será assim para sempre, que vai haver uma altura em que ele tem de ir, e eu nunca vou estar preparada.

Estou preparada para lutar, para recusar e para não deixar que o meu bebé sofra.

Ele é feliz comigo, e com o pai. Com o pai que lhe dá atenção mimo, embala, alimenta e faz feliz... com o pai que o ama.

 

E a culpa, o meu sentimento de culpa que nunca acaba.

43 Anos!!

Parabéns Mãe e Pai, por estes 43 anos, de amor, luta, sofrimento e alegrias.

43 anos depois eles continuam juntos, e dão-se melhor agora do que alguma vez me lembro.
43 anos depois e 3 filhos e 3 netos!
43 anos que não foram faceís mas que trouxeram também alegrias.
43 anos e filhos que deram problemas graves na adolescência.
43 anos e a preocupação constante com filhos ainda hoje, mesmo que eles já tenhao todos entre 36 e 42 anos.
43 anos e um amor aos netos com disponibilidade aquela que não tiveram para os filhos.

Tenho muito orgulho em ser vossa filha...

Eu queria dizer alguma coisa...

mas não consigo. Depois li isto e Isto e chorei. e também me imagino mãe de um Rodrigo que podia ter a mesma carinha do meu Rafael, e também eu o apertei contra mim e quis protegê-lo de todos os males do mundo... Nenhuma criança devia sofrer, nenhuma devia morrer. A Vanessa vai para sempre ter a dor de perder um filho e não há nome para isso, porque é contra natura.

Hoje o meu coração está com o meu filho, mais do que nos outros dias todos. O meu bem mais precioso, a minha vida. Sem ele que nome teria eu?

Insónias dos 2 anos!

Ontem os dois deitados na cama "gande":

Ele: Mãe, uma coisa de Pingu (normalmente diz isto quando quer conversa)
Eu: Shhh, o Pingu está a dormir.
Ele: E a Pinga, e a Foquinha?
Eu: Também filho, vamos fazer ó-ó.
Ele: E o Mickey, e o Manny Maozinhas e as ferramentas?
Eu: Está toda a gente a dormir, tens de´dormir também.
....
Ele: Mãe, não conxigo domir.
Eu: Consegues filho, fecha os olhinhos e o sono já vem...
Ele: Mas eu não conxigo fechar os olhos, tá escuro.
....
....
....
...
Mesmo cheia de sono não posso deixar de rir com estas insónias tão precoces.

Conversas dele..

Eu: Filho, já venho está bem?
Ele: Tá bem mãe, fico aqui com o meu amiguito avô.

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Avô: Olá meu neto, estás bom?
Ele: Olá miguinho, sim tou bem.

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Prima: Que estás a fazer Rafael?
Ele: Estou a brincar com o nosso amiguinho avô.

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Eu: Rafael queres fazer xixi?
Ele: Não, já fazi muito.

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Ele: Eu comi salsichas e ovo!!
Avô: Ai sim, onde?
Ele: Em casa do pai...

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E é isto aos 2 anos e pouco... está o máximo, fala tudo, conta, inventa, imagina e leva-nos para as brincadeiras dele, tem uma adoração especial pelo avô e é sempre o amiguinho dele.

Maio já lá vai...

... que o Junho seja bem-vindo, mais calmo e com mais tempo para aquilo que é mesmo importante!!