Penso se não seria mais feliz sem ele... porque já fui muito feliz sem ele, e muito infeliz. É confuso eu sei. Mas ultimamente penso muito numa vida a três, eu e os meus filhos, numa casinha humilde e confortável.
Uma vida em que caberia tempo para mim. Para o ginásio, para as unhas e cabelo, para a depilação, para todas as coisas que me fazem sentir tão bem, e que estou privada há tanto tempo. A culpa não é só dele, mas também é. Na verdade condiciona-me os movimentos, a liberdade de acção, a ultima vez que não desisti das coisas que amo foi porque não estava com ele. É triste, mas é mesmo assim. Uma constatação de factos.
Tenho a ajuda da minha mãe agora e teria, nessa situação se a escolhesse. Mas hesito. E sei que se ficar, ficarei presa. Talvez infeliz. Mas penso nos pequeninos que adoram o pai. E no fundo eu também gosto dele. Mas penso nestas coisas. Porque não tenho tempo para mim, porque me faltam tantas e tantas coisas para me sentir bem, porque sei que apesar de o amar, fui muito mais eu sem ele.
E no meio destes pensamentos confusos, imagino uma casa só minha. Talvez por me sentir nesta casa, "apertada". Falta espaço, falta o conforto que sonhei... imagino isto, tantas e tantas vezes... uma casa clean, muito cheia de luz, com imensas almofadas. Um quarto onde eu me sentisse eu.
Sonhar não custa
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